domingo, 23 de maio de 2010

Muito é pouco, pouco é muito.

Coisas me caem nas mãos como luva,
Mas preciso saber usa-las,
Lava-las...
O muito pode ser pouco para quem tem pressa,
O pouco é muito para quem não tem fome,
A ambiguidade me tira de linha,
O sincronismo desdenha até o último guerreiro,
Guerreiro de fé, tenho fé com passos largos quando ando,
Meio passo me tira da linha,
A dúvida é caos,
De caos não vivo, quem vive?
Quero pão de minhas mãos,
Semente madura para crescer,
Não é muito, nem pouco,
Me assusto com o radicalismo alheio,
Me assusto com o demasiado pobre,
Me assusto com o tão pouco,
Me assusto com a miséria de sentimento,
A incerteza de carinho,
Me afasto do vazio,
As vezes peço colo, não sou de ferro,
Sou de carne e osso,
as vezes peço espaço, respirar é fundamental,
Ficar sozinha me faz pensar, pôr a cabeça no lugar,
O pouco pode ser muito para quem tem sede,
Antes tomar um gole d'água do que morrer de sede.

sábado, 22 de maio de 2010

Três pontos.

Eu estou aqui,
Estou lá e cá,
Por aí..
Em casa, na rua, dentro e fora...
Não perdida...
Estou aqui...
de braço aberto para coisas queridas,
De braços cruzados para coisas que... três pontos...
Três pontos...
Dou três, quatro, cinco... até pontos infinitos...
Eu prefiro dar três pontos em buracos fundos e ponto.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Sufoco e pouso

Eu me sufoquei de sua beleza
Me assustei e pedi arrego
De coisa boa, fiz problema,
Sim, quando me vi entendi e saí...
Meu jogo não é pensar
Meu jogo não é jogar
Meu jogo... hum, não sei dizer...
É jogo que saí,
As vezes saí besteira...
as vezes abaixo a cabeça e penso: "o que eu fiz?"...
as vezes me contento...
as vezes saio triste...
e as vezes sorridente...
Se me deixo levar e não me esqueço, passo a entender a complexidade disso tudo, mais cedo ou... mais tarde... uma hora a ficha caí...
Não sou bicho que não pensa, eu vejo, penso, sinto... aliás, sou racional, não me esqueci disso, mas procuro equilibrio nisso tudo.
Sem problema para eu continuar velejando meu barco no mar?
Quero pousar em chão de areia.

domingo, 2 de maio de 2010

Parei.

Parei pra pensar,
Que posso viver as coisas mais simples e as mais complicadas,
Optar pelo preto ou o branco,
Um dia em casa, o outro na rua,
Tomar um chá pela noite,
Ou um vinho em dia chuvoso,
Parei pra pensar,
Que as coisas têm seu próprio sentido, em demasiado gosto...
Não estou para poucas e boas,
Nem meias palavras,
Não contente-me com meias palavras,
Saber usá-las me alivia o extress rotineiro de cidade grande.