quarta-feira, 9 de junho de 2010

Falar de amor.

Falar de amor,
Não sei se quero,
Amor é complexo,
Uma hora enxergo,
Outra hora eu cego...
Amor de querer,
Amor de interrogação,
Amor de exclamação,
Amor de sentir,
Amor de saciar,
Amor de compartilhar,
Amor de respeitar,
Amor de mentir,
Amor de desabafar,
Amor de olhar,
Amor de sorrir,
Amor de chorar,
Tudo isso é amor e um pouco mais...
Sem fim... é amor.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Sentido suave.

Descoberta de desejos
Desejos que saciam a terra seca
A secura de culpa
Não me culpo por tão pouco sentido
O sentido me toca,
Sigo quando faz sentido,
Sem sentido é contra-mão
Vou sentido à direção
A flecha indica o sentido,
à esquerda, à direita...
Tanto faz,
é só seguir.

domingo, 23 de maio de 2010

Muito é pouco, pouco é muito.

Coisas me caem nas mãos como luva,
Mas preciso saber usa-las,
Lava-las...
O muito pode ser pouco para quem tem pressa,
O pouco é muito para quem não tem fome,
A ambiguidade me tira de linha,
O sincronismo desdenha até o último guerreiro,
Guerreiro de fé, tenho fé com passos largos quando ando,
Meio passo me tira da linha,
A dúvida é caos,
De caos não vivo, quem vive?
Quero pão de minhas mãos,
Semente madura para crescer,
Não é muito, nem pouco,
Me assusto com o radicalismo alheio,
Me assusto com o demasiado pobre,
Me assusto com o tão pouco,
Me assusto com a miséria de sentimento,
A incerteza de carinho,
Me afasto do vazio,
As vezes peço colo, não sou de ferro,
Sou de carne e osso,
as vezes peço espaço, respirar é fundamental,
Ficar sozinha me faz pensar, pôr a cabeça no lugar,
O pouco pode ser muito para quem tem sede,
Antes tomar um gole d'água do que morrer de sede.

sábado, 22 de maio de 2010

Três pontos.

Eu estou aqui,
Estou lá e cá,
Por aí..
Em casa, na rua, dentro e fora...
Não perdida...
Estou aqui...
de braço aberto para coisas queridas,
De braços cruzados para coisas que... três pontos...
Três pontos...
Dou três, quatro, cinco... até pontos infinitos...
Eu prefiro dar três pontos em buracos fundos e ponto.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Sufoco e pouso

Eu me sufoquei de sua beleza
Me assustei e pedi arrego
De coisa boa, fiz problema,
Sim, quando me vi entendi e saí...
Meu jogo não é pensar
Meu jogo não é jogar
Meu jogo... hum, não sei dizer...
É jogo que saí,
As vezes saí besteira...
as vezes abaixo a cabeça e penso: "o que eu fiz?"...
as vezes me contento...
as vezes saio triste...
e as vezes sorridente...
Se me deixo levar e não me esqueço, passo a entender a complexidade disso tudo, mais cedo ou... mais tarde... uma hora a ficha caí...
Não sou bicho que não pensa, eu vejo, penso, sinto... aliás, sou racional, não me esqueci disso, mas procuro equilibrio nisso tudo.
Sem problema para eu continuar velejando meu barco no mar?
Quero pousar em chão de areia.

domingo, 2 de maio de 2010

Parei.

Parei pra pensar,
Que posso viver as coisas mais simples e as mais complicadas,
Optar pelo preto ou o branco,
Um dia em casa, o outro na rua,
Tomar um chá pela noite,
Ou um vinho em dia chuvoso,
Parei pra pensar,
Que as coisas têm seu próprio sentido, em demasiado gosto...
Não estou para poucas e boas,
Nem meias palavras,
Não contente-me com meias palavras,
Saber usá-las me alivia o extress rotineiro de cidade grande.

domingo, 11 de abril de 2010

Como dizem.

Digo e não penso
Penso e não falo.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Falamos a mesma língua

De manhã coloco o café na mesa,
e você a chicará,
Te olho como se fosse a primeira vez,
e nos falamos em olhar,
Sintonia que me encontra desprevenida,
estalo os dedos da mão como de costume,
você já sabe,
sem me conhecer direito,
confesso coisas e você confessa as suas,
sim, eu sei, entendo muito bem,
falamos a mesma língua,
sem esforço para entender,
falamos sobre este mundo que gira em volta de jardins, marés, tempestades, ventanias, terremotos, calmaria, brisa, chuva e... sol...
falamos por assim dizer, sobre tudo isso e além disso,
não te quero só por querer,
o modismo da comunicação me enche os bolsos da calça,
me satura, me enche a boca,
falamos por assim dizer, sem modismo julgado,
a mesma língua.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Desencantamento.

O desencantamento me chamou pra dançar na noite serena, me abraçou em seu colo
Menina, olha lá o trem passar...
O trem passou...
emcima do piso abandonado, eu fiquei a olhar,
O desencantamento me chamou pra dançar
Desencanto é encanto
O que brilha se apaga para acender novamente,
É, não me chama mais seu moço,
Desliguei como se desliga a tv,
Quando não se quer mais assistir aquele canal que, repete... repete... repete...
Qual o encanto disso?
Já passou da hora seu moço,
O desencanto, no meu peito encanta,
Me liguei.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Madrugada.

A madrugada foi lenta
Despertei durante o sono diversas vezes
A anciedade me visitou mais uma vez
Amanheci meio sonolenta e com água fresca lavei o rosto, marcado da noite mau dormida
Foi aquele dia, onde senti o frio, o calor e a brisa do vento
Tudo ao mesmo tempo,
Isso é bom, porque as coisas acontecem,
Não quero ficar parada, preciso de movimento,
Atitudes por mais dificeis que sejam, são necessárias para que coisas aconteçam,
Esse foi o dia, coisas acontecem...
Atitude, medo, resposta, novidade, coisa boa, pá-pum!
Joguei pro alto e sai, dei um passo a frente e fui dançar.

Música para os ouvidos.


Palhaçada é deixar que esse limite me impessa de sonhar
Não é ilusão e nem sonho, é "sonho desperto" de olhos abertos.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

De olhos abertos.

Me veio a vontade,
A necessidade é um fato que sinto em corpo presente no aqui e agora,
da janela vejo o salto em preto e branco do homem apressado,
tão lindo esse saltar disvirtuado, um relato se passa na imagem...
Desabafo em imagem,
são os segundos que viram eternidade,
Me veio a vontade, eu já sei,
Pode passar pela janela,
Salte alto, homem desconhecido,
São vários relatos que quero ver, me diga em imagem,
O que se passa nessa pressa?
Sim, tenho pressa, estou com pressa, mas a pressa é de agora,
O amanhã já me passou em pensamento,
O brilho que me dá o salto é meu incentivo de amanhã,
por isso, vivo hoje.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Faz tempo

Eu nunca prestei tanta atenção em meus passos como presto agora,
Hoje pela manhã lembrei do cheirinho da minha mãe quando eu era criança
Manhã sincera, depois de uma noite de dança, o dia nublado, e eu com meus passos
Atenção com o que faço,
Pedi perdão pra mim,
Não aquele perdão religioso para não ser punida,
Um perdão de consciência,
É aquele perdão de lembrança
De lembrar e vir a mente: "Puts... realmente..."
Não um perdão de arrependimento,
Um perdão de noção,
Virando o ano, virando o tempo em várias partes, contratempos,
Me viro como se vira a página,
Não esqueço do que vivi, não esqueço do que aprendi,
Esquecimento me vem quando não me acrescenta mais,
Me desfaço do que não me pertence ,
Dancei e senti meu corpo,
fazia tempo,
esse contato é bom, necessário pra mim,
de costume costumeiro.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Descobri

Quero uma flor,
Eu aprendi que ensinar é aprender,
Fazer é desfazer,
Eu cresci quando cai, voltei a infância, me conheci,
Eu aprendi que se tornar alguém, não depende de mim, de nada, nem de ninguém,
Eu descobri o que quero cutivar da colheita do verão passado
Eu descobri que a verdade me vem aos olhos quando sou verdadeira
Não quero enganar meus sentimentos
Não quero mentir em meus relatos
Não quero chorar o leite derramado
Não preciso disso,
Eu só aprendo quando vivo.