domingo, 23 de maio de 2010

Muito é pouco, pouco é muito.

Coisas me caem nas mãos como luva,
Mas preciso saber usa-las,
Lava-las...
O muito pode ser pouco para quem tem pressa,
O pouco é muito para quem não tem fome,
A ambiguidade me tira de linha,
O sincronismo desdenha até o último guerreiro,
Guerreiro de fé, tenho fé com passos largos quando ando,
Meio passo me tira da linha,
A dúvida é caos,
De caos não vivo, quem vive?
Quero pão de minhas mãos,
Semente madura para crescer,
Não é muito, nem pouco,
Me assusto com o radicalismo alheio,
Me assusto com o demasiado pobre,
Me assusto com o tão pouco,
Me assusto com a miséria de sentimento,
A incerteza de carinho,
Me afasto do vazio,
As vezes peço colo, não sou de ferro,
Sou de carne e osso,
as vezes peço espaço, respirar é fundamental,
Ficar sozinha me faz pensar, pôr a cabeça no lugar,
O pouco pode ser muito para quem tem sede,
Antes tomar um gole d'água do que morrer de sede.

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